O vereador Alexandre Aleluia (PL) afirmou durante sessão ordinária no Paço Municipal nesta quarta-feira (4) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) “fez uma opção de continuar a jornada política dela morando em outro país”, classificando a decisão como um ato de liberdade pessoal. O parlamentar comentou também sobre a última pesquisa da Quaest que mostra desaprovação de 57% do governo Lula.
“O processo que ela enfrenta tem várias nuances, vários detalhes e o que torna difícil comentar, mas até então é a liberdade dela de não mais exercer um mandato aqui no Brasil”, disse o vereador. Zambelli deixou o Brasil no dia 25 de maio pela fronteira com a Argentina, rumo aos Estados Unidos, e está na Flórida, segundo confirmação da própria assessoria. A defesa afirma que ela viajou para buscar tratamento médico e que pretende se licenciar do mandato.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) viu risco de fuga e solicitou a prisão, aceita pelo STF. A deputada foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento em ataques cibernéticos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas a pena ainda não está em vigor. Entre as medidas impostas por Alexandre de Moraes, estão o bloqueio de contas, bens, veículos e redes sociais, além da inclusão do nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol.
Ainda durante a sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador, o vereador do PL comentou os resultados da mais recente pesquisa Quaest, divulgada na manhã desta quarta-feira (4), que indica desaprovação de 57% ao governo Lula. Para o vereador, os números refletem um descontentamento popular com a atual gestão federal.
“Toda má gestão pode ser desculpada com mil narrativas, mas inflação é cruel. E a inflação hoje no governo Lula, que a população tem enfrentado, tem sido cruel nesse sentido, a matemática é implacável, então os números refletem exatamente o sentimento do povo, de rechaçar esse modelo moral, político e econômico do governo”, afirmou.
Ao ser questionado sobre as projeções para o cenário político baiano em 2026, Aleluia avaliou que a imagem do presidente deve representar um fardo para o PT. “Assim como o Lula terminou sendo um cabo eleitoral para Jerônimo, ele será um peso eleitoral para qualquer um do PT, que se dispuser a disputar na eleição de 2026”, disse.