Exercícios podem prevenir quedas em idosos e melhorar recuperação

Os brasileiros estão vivendo mais, e as pessoas com idade supra de 65 anos já passam de 10% da população, conforme dados do último recenseamento demográfico do Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE). Cuidados simples previnem uma das principais causas de subtracção da qualidade de vida entre os idosos, que podem inclusive resultar em incapacidade permanente e morte: as quedas.

O Instituto Vernáculo de Traumatologia e Ortopedia (Into) estima que, anualmente, um terço das pessoas com mais de 65 anos sofrem quedas, proporção que sobe para 40% entre os idosos a partir de 80 anos. E o sítio onde ocorrem mais quedas é dentro da própria morada.

A fisioterapeuta Raquel Gonçalves, que é doutora em ciências da reparação pela Universidade de São Paulo (USP), diz que a população já tem mais consciência sobre as adaptações necessárias no envolvente, uma vez que a retirada de tapetes, colocação de barras de escora em locais de maior risco, uma vez que o banheiro, e o uso de sapatos antiderrapantes. Ainda existem, porém, pessoas que negligenciam a atividade física, necessário para melhoria da resistência, flexibilidade e estabilidade, o que reduz o risco de quedas.

“A pessoa que se mantém ativa ao longo da vida ou começa a fazer exercícios vai ter um processo de envelhecimento muito dissemelhante. A gente fala muito de sarcopenia, que é a perda de tamanho muscular e se você faz atividade física, você evita essa sarcopenia, que já começa aos 30 anos. Portanto, quando você chegar aos 65, 70 anos, se mesmo assim eventualmente intercorrer qualquer tipo de queda ou fratura, a recuperação é muito mais fácil”, complementa Raquel.

De convenção com a perito, mesmo quem já é idoso e não acumulou essa suplente ao longo da vida, se beneficia dos exercícios iniciados nessa período: “Eles podem ser administrados por um fisioterapeuta, evidente, mas também podem ser reproduzidos por um familiar ou um cuidador. Mesmo tirocínio simples de estabilidade, de força muscular, já contribuem muito.”

Raquel também reforça que a reparação posteriormente a queda é necessário para que a pessoa recupere sua qualidade de vida: “Quando o idoso cai, se ele tiver uma fratura, geralmente ele perde autonomia, muitas vezes precisa permanecer de repouso na leito… Isso tem uma consequência psicológica muito grande. Aliás, ele começa a ter uma perda de tamanho muscular cada vez mais acentuada, porque ele está imóvel”.

Ela alerta que os exercícios não podem ser abandonados posteriormente a recuperação.

“Muita gente pensa: ‘melhorei um pouco, logo eu posso parar’. Não! Tem que pensar: ‘eu me recuperei, agora eu vou permanecer fazendo os exercícios, para manter essa tamanho muscular, para manter a minha força e não ser tão afetado com o passar do tempo'”, afirma a fisioterapeuta.

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