Leia as 5 principais notícias do mercado desta 5ª feira


Ações dos EUA, aumento no preço do ouro e o índice de crédito do consumidor no Brasil estão entre os temas

Os índices futuros das ações nos Estados Unidos operam em ligeiro queda nesta 5ª feira (24.abr.2025), enquanto agentes de mercado monitoram os desdobramentos comerciais em Washington e acompanham uma leva de balanços corporativos.

O presidente Donald Trump afirmou que pretende firmar um entendimento “justo” com a China, embora ainda haja incertezas sobre uma eventual flexibilização da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. No Brasil, os investidores ficarão atentos ao nível de crédito dos consumidores com a economia.

  1. Ações em queda

Os contratos futuros dos principais índices norte-americanos operam em baixa nesta 5ª feira (24.abr), refletindo a cautela dos investidores diante da possibilidade de ajustes na política tarifária da Morada Branca e da expectativa por balanços de empresas relevantes.

Às 07h34 de Brasília, os futuros do Dow Jones recuavam 189 pontos, ou 0,5%. Os do S&P 500 cediam 0,4%, e os do Nasdaq 100 recuavam 95 pontos, ou 0,5%.

Na véspera, os índices em Wall Street encerraram o dia em subida, apoiados por declarações de Trump indicando disposição para reduzir as tensões comerciais com a China. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou que os atuais patamares tarifários entre EUA e China são insustentáveis, alimentando apostas em uma provável trégua nas disputas comerciais.

Também contribuíram para a melhora do humor no mercado as declarações de Trump garantindo que não pretende dispensar Jerome Powell, presidente do Fed (Federalista Reserve, Banco Meão dos EUA) — um gesto interpretado uma vez que reverência à autonomia da poder monetária, o que trouxe consolação a investidores preocupados com eventuais interferências políticas.

Ainda assim, os ganhos foram limitados, diante da percepção de que qualquer recuo tarifário por secção dos EUA dificilmente será suficiente para neutralizar os entraves comerciais que continuam a tarar sobre a economia, segundo estudo da consultoria Vital Knowledge.

Ao longo da semana, o mercado tem oscilado com força: queda acentuada na 2ª feira (21.abr) foi seguida por duas sessões positivas, refletindo a sensibilidade dos ativos às decisões erráticas do Executivo norte-americano.

Entre os destaques corporativos, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) avançaram depois de Elon Musk indicar que pretende reduzir substancialmente seu envolvimento com o governo Trump e concentrar seus esforços na gestão das suas empresas. A sinalização ajudou a contrabalançar a queda expressiva no lucro líquido da companhia no trimestre.

Em conversa com jornalistas na 4ª feira (23.abr), Trump declarou querer um entendimento “justo” com a China, sem, no entanto, apresentar detalhes sobre possíveis negociações.

A postura de confronto com Pequim segue sendo um dos pilares da agenda tarifária da Morada Branca, que elevou impostos sobre produtos chineses para até 145%, provocando retaliações por secção do governo chinês, que respondeu com tarifas de até 125% sobre produtos norte-americanos.

Segundo Bessent, a redução dessas alíquotas é uma quesito necessária para as negociações avançarem — mas ressaltou que Trump não tomará essa decisão unilateralmente.

“Ambos os lados reconhecem que os atuais níveis tarifários não são viáveis”, disse o secretário.

As declarações vieram posteriormente reportagem do Wall Street Journal mostrar que a Morada Branca avalia reduzir tarifas para até 50% para facilitar o diálogo com Pequim. Fontes ouvidas pela Reuters, no entanto, afirmam que qualquer movimento dependerá de reciprocidade por secção da China.

  1. Google

A Alphabet, controladora do Google, apresenta seu resultado trimestral depois do fechamento do mercado, integrando o grupo das chamadas “7 Magníficas”, formado pelas gigantes de tecnologia com maior peso nos índices norte-americanos.

Investidores devem observar com atenção as projeções para o mercado de publicidade do dedo, em meio à inquietação de que a instabilidade tarifária possa levar empresas a revisarem seus orçamentos de marketing. Já há sinais de que o envolvente de incerteza vem dificultando decisões de investimento.

Outro ponto de interesse é o progresso em IA (Lucidez Sintético). A empresa tem direcionado recursos volumosos para essa extensão, mas enfrenta questionamentos sobre o retorno desses aportes, mormente posteriormente a subida de modelos mais acessíveis e competitivos vindos da China, uma vez que o DeepSeek.

O Google também lida com pressões regulatórias. Na semana passada, uma decisão judicial nos EUA considerou que a empresa atua de forma proibido em 2 segmentos do mercado de publicidade do dedo, o que pode terebrar caminho para uma eventual repartição das operações publicitárias da companhia.

  1. American Airlines

Antes da introdução de Wall Street, a American Airlines apresenta seus números trimestrais, o que pode lançar luz sobre os impactos das tensões comerciais no setor desatento.

Na 4ª feira (23.abr) à noite, a Southwest Airlines (NYSE:LUV) retirou secção de suas projeções financeiras, alegando que a volatilidade nas reservas e o cenário econômico indefinido dificultam qualquer previsão robusta. A empresa não reiterou suas metas de lucro para 2025 e 2026.

As ações da companhia operavam em queda nas negociações depois do fechamento do mercado.

Outras aéreas, uma vez que a Alaska Air (NYSE:ALK), seguiram o mesmo caminho, suspendendo suas previsões em razão da piora do cenário macroeconômico. Delta, Frontier e United também já haviam feito alertas semelhantes.

  1. Ouro

Os preços do ouro sobem nesta 5ª feira (24.abr), em movimento de recuperação depois da perda recentes, sustentados por dúvidas em relação à evolução das negociações entre EUA e China.

O metal havia recuado de suas máximas históricas depois de Trump sinalizar provável redução das tarifas impostas à China. Ainda assim, a falta de perspicuidade quanto ao porvir dessas medidas deu suporte ao ativo nesta sessão.

Enquanto isso, os preços do petróleo se estabilizam posteriormente a potente correção da véspera, quando contratos do Brent e do WTI recuaram tapume de 2%, em resposta a notícias sobre aumento de oferta por secção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Segundo a Reuters, países produtores estão articulando novos acréscimos de produção para junho, em risco com a surpresa apresentada nas metas de maio. O grupo Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados), que inclui a Rússia, deve se reunir no próximo mês para formalizar o novo projecto.

  1. Brasil

No calendário de hoje, os investidores ficarão atentos à divulgação do Índice de Crédito do Consumidor para o mês de abril, pela Instauração Getúlio Vargas. O indicador mede o proporção de otimismo dos consumidores em relação à economia e às suas finanças pessoais.

Na última divulgação, o índice registrou ligeiro subida em março, encerrando uma sequência de 3 quedas consecutivas, puxado por uma percepção mais favorável, mormente entre as famílias de maior renda. Já os consumidores das demais faixas seguiram mais cautelosos, impactados pela inflação de mantimentos e pelos juros elevados, que pressionam o orçamento doméstico.

No pregão de 4ª (23.abr), os ativos brasileiros reagiram muito a uma combinação de fatores externos e locais. O gosto global por risco ganhou força, depois das declarações mais conciliadoras de Donald Trump, indicando recuo nas ameaças ao presidente do Fed e sinalizando provável redução nas tarifas aplicadas à China.

Essa mudança de tom favoreceu o real e o Ibovespa, que avançou 1,34%. No front doméstico, comentários considerados mais brandos pelo diretor de Política Monetária do banco médio, Nilton David, reforçaram a leitura de que a taxa Selic pode estar próxima do pico.


Com informações da Investing Brasil.





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