O Ministério das Mulheres liderou, nesta quinta-feira (24), em Brasília, a reunião ministerial de mulheres do Brics, grupo de países de economias em desenvolvimento, que também contou com a participação de representantes da sociedade social.
No evento, foram debatidos os seguintes temas: Mulheres, Desenvolvimento e Empreendedorismo, Governança Do dedo: Misoginia e Desinformação e Empoderamento das Mulheres, Ação Climática e Desenvolvimento Sustentável.
Ao fazer um balanço inicial sobre o encontro, a coordenadora do grupo ministerial, a ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gonçalves, afirmou que as questões levantadas pelos países à mesa focaram na participação das mulheres no desenvolvimento econômico, na inclusão das mulheres nos campos político, financeiro e, efetivamente, de políticas públicas de paridade de gênero.
“O Brics representa, hoje, uma força significativa para a construção de uma novidade ordem mundial multipolar, onde as vozes do Sul global possam ser efetivamente ouvidas. E nós, mulheres, temos um papel fundamental nesta transformação”, destacou a ministra.
Cida Gonçalves completou que a expansão do grupo do Brics, em agosto de 2023, representa a oportunidade de fortalecer as vozes coletivas das mulheres nos fóruns internacionais e de promover uma agenda de desenvolvimento que as coloca no núcleo das políticas públicas. “
Acreditamos que o intercâmbio de boas práticas e o fortalecimento das parcerias estratégicas podem açodar o progresso em direção à paridade de gênero em todas as suas dimensões.”
Vozes
Durante a lisura do evento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, defendeu o fortalecimento da agenda da democracia, dos direitos humanos e do multilateralismo uma vez que utensílio de pacificação, diante do que ela classificou uma vez que momentos de incerteza e de insistência na força bruta.
“Nesse encontro, que possamos proceder e pensar uma vez que que, estrategicamente, os Brics, as áreas que são responsáveis por pensar desenvolvimento econômico, o fortalecimento Sul-Sul, para que a gente possa proceder com uma firme presença das mulheres, que possamos nos unir para barrar e parar toda forma de misoginia, de violência contra as mulheres, principalmente, contra as meninas, as quais precisamos ter o maior zelo.”
No Palácio do Itamaraty, a ministra da Paridade Racial (MIR), Anielle Franco, citou a ONU Mulheres, órgão das Nações Unidas para a paridade de gênero e o empoderamento das mulheres, para declarar que uma em cada dez mulheres do mundo vive em extrema pobreza.
Anielle defendeu que a procura por soluções para o desenvolvimento sustentável e o enfrentamento aos vários tipos de violência deve ser feita de forma coletiva pelos países. “No mundo todo, somos nós que carregamos nas costas a organização e gestão doméstica, familiar e territorial. Mas, infelizmente, com trajetórias mais precarizadas pelo acúmulo de opressões que somam os nossos corpos, uma vez que racismo, machismo e discriminação territorial”.
A socióloga e primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, relembrou fala do papa Francisco, morto na segunda-feira (21), sobre as mulheres, em fevereiro deste ano. “Uma sociedade que elimina as mulheres da vida pública empobrece. Paridade de recta, sim, mas também paridade de oportunidades, paridade de possibilidade de progredir, porque, do contrário, empobrece”, parafraseou o ex-líder da Igreja Católica.
Brics
O Brasil preside o Brics em 2025 e adotou o tema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável. Formado por 11 países, o conjunto atua uma vez que um espaço de fala político-diplomática para promover a cooperação em diversas áreas.
O conjunto reúne os membros originários, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e os países incorporados durante a 15ª Cúpula do BRICS, em Joanesburgo (África do Sul), em agosto de 2023: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Por termo, a Indonésia aceitou formalmente o invitação para integrar o grupo em 2024.