O uso da tomografia computadorizada para o diagnóstico de doenças é seguro, eficiente e contribui para a redução das taxas de mortalidade e para o aumento da expectativa de vida. A avaliação é do Escola Brasílico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
Em nota pública, divulgada nesta quinta-feira (24), a entidade reforça que a tomografia computadorizada impacta positivamente na queda no número de cirurgias invasivas, internações desnecessárias e tempo de permanência hospitalar.
A nota pública foi editada depois que um item, publicado no periódico Jama Medicina Internasugeriu que, se práticas atuais de dosagem e utilização de radiação forem mantidas, cânceres associados à tomografia computadorizada poderiam, eventualmente, simbolizar 5% de todos os novos diagnósticos da doença ao ano.
“Os pacientes devem continuar realizando tomografias computadorizadas sempre que indicadas por seus médicos, com diálogo transparente sobre benefícios e riscos envolvidos”, reforçou o CBR.
De convénio com a entidade, o estudo se baseia em modelagens matemáticas derivadas de dados de sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, cuja exposição à radiação foi aguda, de origem não médica, e em circunstâncias portanto muito distintas das que ocorrem em exames.
Ainda segundo o CBR, o padrão utilizado no estudo assume que qualquer ração de radiação, por menor que seja, aumenta proporcionalmente o risco de cancro.
“Essa premissa, no entanto, é controversa, mormente no caso de doses baixas repetidas, porquê as utilizadas na maioria das tomografias computadorizadas realizadas atualmente. Importante primar que o estudo não apresenta um levantamento fundamentado em observações clínicas diretas, mas sim de estimativas teóricas.
O CBR cita ainda que entidades internacionais também se manifestaram sobre o tema no mesmo sentido, incluindo o Escola Americano de Radiologia (ACR) e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM), organização em física médica que representa mais de 9 milénio profissionais em 96 países.
Confira, a seguir, a íntegra da nota pública sobre a segurança das tomografias computadorizadas:
De convénio com o Presidente para CBR, Rubens Chojniako Escola Brasílico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem considera fundamental esclarecer a população e os profissionais de saúde sobre os dados divulgados na material publicada recentemente na prensa a partir de estudo da Universidade da Califórnia (UCSF).
“É importante contextualizar adequadamente os dados divulgados para evitar interpretações alarmistas que possam gerar receios infundados e até prejuízos à saúde da população. O estudo mencionado se baseia em modelagens matemáticas derivadas de dados de sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, cuja exposição à radiação foi aguda, de origem não médica, e em circunstâncias portanto muito distintas das que ocorrem em exames”, disse Rubens Chojniak.
Ele explicou ainda que o padrão utilizado assume que qualquer ração de radiação, por menor que seja, aumenta proporcionalmente o risco de cancro. Essa premissa, no entanto, é controversa, mormente no caso de doses baixas repetidas, porquê as utilizadas na maioria das TCs realizadas atualmente. Importante primar que o estudo não apresenta um levantamento fundamentado em observações clínicas diretas, mas sim de estimativas teóricas.
Boas práticas
“O CBR valoriza o debate científico e reconhece a relevância de promover o uso consciente e criterioso da radiação médica. Por isso, edita regularmente materiais educativos e estimula discussões permanentes sobre boas práticas no uso dos exames de imagem. Também apoia iniciativas internacionais porquê o Image Wisely e o Image Gently, que orientam profissionais e pacientes sobre a segurança e a adequação do uso da radiação, mormente em populações mais sensíveis”, ressaltou ainda Chojniak.
Outras importantes organizações internacionais também se manifestaram sobre o tema no mesmo sentido, porquê o Escola Americano de Radiologia (ACR) e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM), organização em física médica que representa mais de 9 milénio profissionais em 96 países.
O uso das tomografias computadorizadas e outros exames de imagem qualifica muito a saúde da população, afirma o CBR, que na nota faz algumas recomendações aos pacientes e seus familiares para que tudo seja realizado de forma ainda mais segura e eficiente. Entre as recomendações está conversar com seu médico sobre o funcionamento de cada um dos diferentes tipos de procedimentos e as vantagens e os riscos envolvidos.
No contato com o médico, o paciente ou familiar pode indagar sobre alternativas ao uso de tomografias computadorizadas que não utilizam radiação e são também eficazes, porquê sonância magnética ou ultrassonografia, certificando-se do proporção de especificidade desejado pelo médico para cada caso.
Outra medida importante é verificar a infraestrutura do lugar onde os exames serão realizados (padrões dos equipamentos, avaliações regulares, posse de certificações e confirmação de que os laudos são emitidos por médicos radiologistas com rigorosos critérios de formação e treinamento). Por termo, o CBR orienta que os resultados dos exames de imagens sejam guardados para comparações posteriores.
Utensílio útil
As tomografias computadorizadas produzem imagens detalhadas do corpo, oferecendo mais informações do que exames de raios-X comuns. “O uso da tomografia computadorizada é seguro, eficiente e amplamente reconhecido pela comunidade médica porquê instrumento fundamental para o diagnóstico precoce, seguimento e tratamento de diversas doenças. Evidências mostram, por exemplo, que a TC reduz drasticamente erros diagnósticos em casos porquê apendicite, além de ser decisiva na triagem e detecção precoce de cânceres porquê o de pulmão”, disse o presidente do Escola.
No contexto brasílico, o principal duelo da saúde pública é, muitas vezes, o entrada a esse tipo de examinação em determinadas regiões. A indisponibilidade da tomografia, representa um risco real e mais inesperado à saúde da população do que os efeitos teóricos do uso responsável da radiação médica. “O Escola Brasílico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem segue cauteloso aos avanços científicos e tecnológicos, e permanece à disposição da sociedade e dos gestores da saúde pública e privada para contribuir com informações baseadas em evidências, que assegurem o entrada dos brasileiros a um diagnóstico por imagem seguro, ético e de superioridade”, conclui o CBR em sua nota.