A Escritório Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo ligeiro e demência ligeiro associados à doença de Alzheimer. Segundo a entidade, trata-se de um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide.
“Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. O donanemabe atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença”, explica a Anvisa.
Ainda de negócio com a escritório, o donanemabe foi estimado em estudo envolvendo 1.736 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicialque apresentavam comprometimento cognitivo ligeiro, demência ligeiro e evidências de patologia amiloide.
O estudo analisou alterações na cognição e na função cerebral dos pacientes. Eles receberam 700 miligramas (mg) de donanemabe a cada quatro semanas nas três primeiras doses e, em seguida, 1.400 mg a cada quatro semanas (para 860 pacientes) ou placebo (uma infusão simulada para 876 pacientes), por até 72 semanas.
“Na semana 76 do estudo, os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na doença de Alzheimer em verificação aos pacientes tratados com placebo”, destacou a Anvisa.
Contraindicação
O uso de donanemabe é contraindicado em pacientes que estejam tomando anticoagulantes, incluindo varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) em sonância magnética antes de iniciar o tratamento. Os riscos nesses pacientes, segundo a escritório, são considerados maiores que os benefícios.
Reações
As reações adversas mais comuns listadas pela Anvisa são relacionadas à infusão, que pode promover febre e sintomas semelhantes aos da gripe, além de dores de cabeça.
“Porquê acontece com qualquer medicamento, a Anvisa irá monitorar a segurança e a efetividade do donanemabe sob rigorosa estudo. Serão implementadas atividades de minimização de risco para o donanemabe em conformidade com Projecto de Minimização de Riscos validado.”
Alzheimer
O Ministério da Saúde define a doença de Alzheimer uma vez que um transtorno neurodegenerativo progressivo e trágico que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memóriacomprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
A doença se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso medial começa a dar falso. Surgem, portanto, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.
Porquê consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em regiões do cérebro uma vez que o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, precípuo para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
“A justificação ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de Alzheimer é a forma mais generalidade de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população”, detalha o ministério.
Sem Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimeralém de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.
“Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do envolvente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à sustento, envolvente e outros aspectos que podem vangloriar a qualidade de vida dos pacientes.”