A Polícia Federalista (PF) cumpre, nesta quarta-feira (16), dez mandados de procura e inquietação contra uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações e em lavagem e verba. Os alvos da operação Teatro Invisível II também são suspeitos de obstrução de justiça e caixa dois eleitoral.
A ação é um desdobramento da operação Teatro Invisível, deflagrada em 12 de setembro do ano pretérito, que buscou desarticular organização criminosa que propagava informações falsas contra determinados candidatos nas eleições do ano pretérito, em mais de dez municípios do estado do Rio.
Segundo a PF, as investigações mostraram que proprietários de empresas são suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações em quatro municípios: Cabo Indiferente, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti. Ou por outra, a PF constatou que o grupo usou recursos não declarados à Justiça Eleitoral para proporcionar candidatos políticos nas eleições municipais de 2024.
Provas destruídas
As investigações revelaram, ainda, que o grupo promoveu a devastação de provas, guardadas principalmente em meios digitais, que poderiam incriminar seus integrantes. Também há, segundo a PF, provas contundentes de lavagem de verba, por meio de contas de passagem, uso de verba em espécie e aquisições de bens de cume valor.
Além dos mandados de procura e inquietação, a Justiça determinou o bloqueio das contas dos investigados, em valores que chegam a R$ 3,5 bilhões, além da suspensão das atividades econômicas de oito empresas.
Os mandados estão sendo cumpridos em endereços ligados aos investigados em Cabo Indiferente, Itaguaí, Mangaratiba e Rio de Janeiro, além de Juiz de Fora (MG).
[Agência Brasil]